TAHIS DZ
Tahis (1979, São Paulo) é artista visual e desenvolve trabalhos em medias como pintura, colagem, fotografia e performance .Iniciou sua carreira em 1997, com fotografia e posteriormente com a pintura . A artista é graduada na área da saúde e iniciou a graduação em Artes Visuais em 2006. Tahis atualiza-se na área artística, fazendo cursos, participando de eventos de arte, oficinas, palestras.
Em 2014 Tahis participou de exposições na França "Enchanté, Paris! - Rencontre d'Arte Visuais Bresil /França . No mesmo ano, ela foi selecionada no concurso "Menos 30” promovido pela Globo/ItsNoon, com exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Em 2013, a artista participou de "FUTURO - Salão Nacional de Artes Visuais - Arte Contemporânea e Novas Tecnologias" . Em 2012 foi selecionada no concurso 'CrowdArt/ ItsNoon' com exposição na Galeria Urban Arts. Em 2010 participou em 'NOV.Selecionados.2010 - Casa de Cultura UEL'. No mesmo ano, participou com uma performance 'MANINFESTARTE - "Despétalas - Repétalas, Manifesto-me em ti - Reconstruo-te em mim". Em 2004, a artista foi representado pela Agora Gallery - New York. A artista participou de outras exposições de arte ao longo de sua carreira.
Contato: tahisdz@gmail.com
ENTREVISTA COM TAHIS DZ
- A tua paixão pelas artes visuais é latente:
dança, cinema, teatro, fotografia. Será que as artes plásticas é satisfatória
para expressar tudo que você quer mostrar?
Acredito que nunca será! Existe uma busca
interna que está constantemente me tirando da zona de conforto e ativando
outras formas de expressão e autoconhecimento. As artes plásticas é o que me
acolhe neste caminho incessante.
- Teu olhar feminino vai além da tradicional
delicadeza e beleza, tem o lado da intimidade, o bom humor e o inusitado neste
mundo ainda a explorar. Na opinião da artista, suas mulheres modernas e
independentes já encontraram seu lugar ao sol ou ainda estão em fase de
adaptação?
Ainda estamos batalhando para isso. Ainda há muitas barreiras para a mulher
hoje em dia. Tanto homens quanto mulheres estão revendo e tentando compreender
o papel de cada um na sociedade. Enquanto isso, alguns perdem, outros ganham e
alguns ficam perdidos. Se deixarmos de ser apenas gêneros e nos tornarmos
pessoas acima de tudo, começaremos a perceber alguma mudança.
- Para o observador teus quadros sempre vão
puxar por uma pergunta, devido as cenas em transição. Você tem respostas para
todas as ações em suas obras?
Não! Se um dia eu tiver a resposta, vou virar filósofa! Por enquanto
eu crio. O observador interpreta da forma que lhe convier. A resposta está em
quem observa. Dentro de quem observa.
- As personagens dos seus quadros parecem fragmentos de
uma história. Ao criar uma obra você imagina uma cena ou uma narrativa?
Depende da obra. Nas obras figurativas, por exemplo, meu foco é sempre na figura
humana. O cenário em volta vem depois. Penso inicialmente no personagem no
espaço e depois coloco o cenário com o qual ele interage, a cor, os detalhes.
- A exposição "XX" desvenda um pouco do
complexo e misterioso universo feminino, ou veio acrescentar mais complexidade
e mistério a ele?
Eu, como artista não tenho
a intenção de desvendar ou acrescentar mais mistério ao universo feminino. As
imagens que crio, são a respeito do cotidiano e da intimidade, que toca cada espectador
de forma diferente. O mistério vem daquilo que não se conhece, se o que o
espectador vê, o intriga, o deixa curioso, ou se há uma identificação, a obra
cumpre o seu papel.
- Quando foi que você descobriu a POP ART e
resolveu que esse seria o seu estilo?
A Pop Art foi um movimento artístico que se
iniciou na da década de 50. Eu não descobri a Pop Art. Tive influência de
artistas da época deste movimento, e foi naturalmente, estudando e me
envolvendo com arte. Eu nunca resolvi que este seria o meu estilo. Jamais me
defini como artista POP, mesmo porque o movimento já passou. Em algumas obras
se vê algo popular, onde as obras agradam ao olhar simplificado e comercial. Se as minha obras se parecem com algo do
movimento POP, é fato que fui influenciada por artistas daquela época. Mas
definir o artista por um “estilo” é reduzir suas possibilidades. Veja que hoje,
nós, contemporâneos, fazemos um pouco de tudo. Seja a pintura, fotografia,
performance, escultura, site especific, instalação. Isso é ser contemporâneo. É
não se conter em apenas uma mídia, é ir além do que já foi.
- Que tipo de reação você gosta de causar nos
seus espectadores?
Como disse, o que eu faço
vai tocar cada espectador de forma diferente. Não sou responsável por aquilo
que o espectador tem dentro de si e de como enxerga a obra. A obra é parte de
mim. O que faço é expor o que eu tenho dentro. Reações diversas podem ser
causadas, mas isso depende de quem vê.
- Tuas obras são desinibidas, retratam
companheirismo e cores alegres. A artista é o reflexo de suas obras?
Acredito que sim.
- O artista está sempre inovando em suas
criações, o que Tahis DZ está preparando para o futuro?
Estou preparando uma série composta de arte aplicada com fotografias, relacionadas à pele,
carne e à terra. Um projeto a ser realizado aos poucos e o início de uma nova
fase.
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