De 21 de Dezembro de 2014 à 21 de Janeiro de 2015
A poesia que entra pelos desenhos e sai pelas folhas, fazendo a
inspiração reverberar...
JANAÍNA CRUZ
Janaina Cruz escreve desde os 12 anos de idade, de lá para cá ganhou
concursos de blogs e participou de algumas antologias como: Antologia Inverno,
acordando sonhos da pastelaria Studios em Lisboa-PT, com o poema “O Mulato”, 1ª
Antologia Literária escritos lisérgicos com o poema “Lisergia Natalina”, 4ª
antologia poética da ALAF com o poema “Estio” e das antologias Voar na poesia e
Recanto da poesia. A sua poesia Valei-me e a poesia Musas Sanguinárias foram
premiadas na 2ª e 3ª mostra de poesia abril para leitura do Centro Cultural
Banco do Nordeste e a sua poesia Caravana ganhou o I prêmio Calubom de
Literatura 2014 do curso de Direito da URCA-CE. Ganhou os Prêmios:
Luso-Brasileiro, Melhores Contistas de 2013, Destaque Poético 2013-ALAF,
Dionísio da Silva - Contos – 2013, comenda Euclides da Cunha no grau de
escritora imortal-ALB, Prêmio Intercultural Latino-Americano de Cultura-ALG e o
Prêmio Excelência Cultural 2013 – ABD. Lançou o seu 1º livro na 22ª Bienal
internacional do livro de São Paulo: Mais dia menos dia, pela editora LP-books
e o seu 2º livro, Dilatação, 3º livro Heliotropia, 4º livro A moça do sonho, 5º
Tóxica e o seu 6º livro A Próxima Curva ambos pelo clube de Autores. É
Acadêmica correspondente da Academia de Letras e Artes de Fortaleza-ALAF, e
correspondente da ALB-Academia de Letras do Brasil/Seccional-Suíça. Está
cursando a faculdade de Letras na Universidade Regional do Cariri-CE.
ENTREVISTA
Dizem que ser artista é um dom. Qual é o privilégio deste dom?
Acho que o maior privilégio, é o poder de encantar as pessoas. Amo quando desenho alguém, e esse alguém se encontra em meus traços.
O que desperta a fúria criativa na artista? A indignação, a contemplação, o amor, enfim, o que a move a correr e pegar a caneta para escrever?
O estranhamento em relação ao mundo é o que me move e comove, não faço poesias para agradar, faço poemas para cortar como navalha, faço poemas para demonstrar a minha visão erótica e sensual em relação as coisa pelas quais me apaixono.
Quando faço desenhos sim, faço poemas visuais de amor, poemas visuais para agradar e encantar!
Suas obras possuem um toque pessoal, a colocação de objetos, recortes, colagens que acrescentam ao desenho uma particularidade, como se deixadas ao acaso. Tratam-se de uma ação refletida ou intuitiva?
Sempre gostei de misturar desenhos e colagens, não sei em que arte me inspirei, lembro-me que faço essas coisas desde criança, com sete anos, fazia desenhos nas paredes e já colava recostes de revistas.
Fazia com medo, porque sempre fui castigada em casa por dar vida a essas atitudes "marginais" rs (era a forma como eram "agraciadas" as minhas criações rs)
Os jovens nos dias atuais são cada vez mais imediatistas e consumistas. De que forma a arte poderia ser positiva a essa nova geração?
Hoje em dia percebo uma divisão quase igualitária, há os jovens que não ligam para a arte, mas há os que transformam tudo em arte, parece haver um equilíbrio, isso é bom!
Render uma homenagem, passar uma mensagem, você tem essa preocupação?
Os desenhos que faço, são homenagens a alguém, amo a reação das pessoas quando encontram o desenho que fiz.
A mensagem que procuro passar nas poesias, é a de: Acordem, desvendem o mundo, pois a vida é curta de mais!
Qual o efeito que seus poemas causam nos leitores, é algo esperado?
É engraçado, a reação das pessoas ao lerem a minha poesia, alguns gostam, gostam muito, acham que trata-se de um grito poético de protesto sentimental, outros excitam-se, aí é onde algumas vezes surge um obstáculo a ser derrubado. Pois há o ciume do esposo, há a ala conservadora da família, mas o legal, é que mesmo encontrando algumas pessoas muito sérias pelo caminho, dão-me conselhos para não parar de escrever, para manter a linha que agrada e encanta!
O que o artista deve captar quando faz um retrato? E no caso do auto-retrato?
Quando fazemos o desenho de alguém, estamos criando uma poesia visual, em linhas, rabiscos e nuances... Quando desenhas a nós mesmos, estamos fazendo uma poesia do EU!
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