Retrospectiva 2016




Algumas Obras...

Thais Gomez



Meire de Oliveira



AKarneiro



Walter J.Peres



Otávio da Costa Barros Júnior



Cecconi



Filipe Arruda



Val Lamim


Nicolielo



Roger Silva



Luiz Vilarinho



Mupa (Murilo Alves Perin)

Os Artistas 


























ENTREVISTAS RETROSPECTIVA 2016 COM Thais Gomez, Meire de Oliveira, Antonio Karneiro, Walter J. Peres, Otávio Júnior, Cecconi, Filipe Arruda, Val Lamim, Nicolielo, Roger Silva, Luiz Vilarinho e Murilo Alves Perin.


A Estrebaria-Artes: Você tem arte nas veias, e uma paixão autêntica pelo seu país, pela sua cultura, seu povo, a sua arte expressa que é bom e é fácil amar o Brasil. Nosso país precisa ser mais amado ou temos que amá-lo direito?
Thais Gomez: Acho que falta um pouco de patriotismo nos brasileiros, valorizar o que é nosso,  despertar o olhar para as nossas riquezas culturais, principalmente a nossa arte popular de maneira geral, o Brasil precisa ser mais amado e ser melhor cuidado!

A Estrebaria-Artes: Como conciliar uma arte tão intuitiva como a aquarela com desenhos que requerem uma precisão nos detalhes para um público mais especializado?
Meire de Oliveira: Na verdade eu me sinto trabalhando 100% com a intuição, buscando detalhes que traduzam “a alma” dos meus passarinhos. Atenta a isso, é quase uma consequência natural que o resultado também atenda à necessidade de um pesquisador especializado ou de um estudante.

A Estrebaria-Artes: Apesar de pintar em vários gêneros: acadêmico, surrealista, expressionista... você consegue manter o teu estilo. O que o deixa tão à vontade para criar e experimentar outros gêneros?
Antonio Carneiro: É interessante pensar agora que em certas fases da minha pintura cheguei a cogitar desistir; não gostava mais da técnica que usava ou talvez a forma não fosse mais capaz de conter o que gostaria de expressar. Neste momento comecei a pesquisar alguns trabalhos dos grandes mestres do impressionismo e pensei em fazer algo inspirado no que vi. Usar mais cores na paleta e mais tinta na tela, com camadas mais grossas e volumosas, mais textura. Percebi que poderia usar técnicas distintas, com estudo e dedicação em outros gêneros, nos meus trabalhos realistas. Na pintura ou em qualquer outro tipo de arte estamos em constante aprendizado, acredito que ao longo dos últimos anos me permiti uma aventura entre diversos gêneros, de modo tímido e mantendo a temática do sertão. Hoje encontro-me satisfeito com o que experimento em minha obra, mas sei que esse estado é passageiro. Isto me levara a seguir experimentando coisas novas e me aperfeiçoando.
  
A Estrebaria-Artes: Quando o artista consegue passar para a fotografia o seu sentimento?
 Walter J. Peres: O Ansel Adams dizia que a gente fotografa com os livros que leu, com os filmes que assistiu, com as viagens que fez e com as músicas que ouviu... e  eu acrescento: com todas as fotografias e pinturas que vimos. Mas, sobretudo a fotografia tem que transportar quem a vê para o ambiente fotografado, tem que atrair para o mistério de "como ele [fotógrafo] conseguiu isso?". Quando isto acontece é porque você conseguiu de alguma forma colocar um pouco de você na sua fotografia.

A Estrebaria-Artes: A maior parte de suas obras possuem traços bem peculiares, detalhes recorrentes como as singelas casinhas com árvores coloridas. Ao que remetem o artista esses detalhes nas paisagens de suas obras?
 Otávio Júnior: Quero colocar riqueza de detalhes em minhas paisagens, quero impressionar o expectador mais exigente. Por isso que trabalho usando a ponta de uma faca minúscula, além de pincéis mais delicados, para dar um acabamento melhor nas minhas miniaturas.

A Estrebaria-Artes: Um artista de talento inquestionável, premiadíssimo nos principais concursos e salões de arte, reconhecido pelos críticos. Como é viver essa realidade num país onde a cultura sempre andou tão abandonada?
Cecconi: Há uma esperança muito forte no meu coração que as coisas vão mudar, mas a cada dia que passa infelizmente vejo este sonho perecer...! Este Governo em que estamos amarrados, só Deus mesmo para dar um basta nestes governantes, e esta corja ficarem eternamente trancafiados para sempre para exemplo aos outros políticos...! Aí as coisas vão mudar!!!

A Estrebaria-Artes: Qual o ritual e a emoção de pintar ao ar livre?
Filipe Arruda: O prazer que passa ao pintar ao ar livre, é de saber que aquele momento passageiro está sendo registrado pela minha perspectiva artística e com um cunho, quem sabe no futuro, histórico, pois assim fazia os pintores nas épocas de descobrimento do Brasil. Ninguém sabe por quanto tempo, principalmente com ação predatória humana motivado pela especulação imobiliária disfarçada de avanços e projetos irregulares, aquela árvore ou paisagem vai estar ali daqui a dez anos.

A Estrebaria-Artes: É engraçado como as formas harmoniosas do corpo feminino causam diferentes reações, do extremo pudor a atração física descabida. Como mostrar o nu feminino além do belo, mas algo natural e digno de respeito?
Val Lamin: O corpo feminino é belo por natureza. Não acho que cabe ao artista limitar sua expressão do nu feminino para evitar um possível desrespeito por parte do apreciador. O artista pode, sim, criar arte para que se respeite a mulher, mas, mais uma vez, o desrespeito à mulher parte ou não de quem observa a arte. Como eu já disse anteriormente, há muito preconceito em se tratando do nu artístico e, dependendo do nível desse preconceito, o observador poderá repelir até mesmo uma expressão sutil do corpo feminino.

A Estrebaria-Artes: Os temas de suas pinturas são cheios de gente, com casamentos, momentos inusitados, algo diferente dos temas de outros artistas mais bucólicos ou românticos. Não há espaço para tristeza nas telas de Nicolielo?

Nicolielo: Apenas um resgate de coisas que não mais existem. Coisas trazidas da infância, com cheiro de Maria Fumaça e coisas de praças: pipoca, algodão doce. E foi passado alegre. Toda minha pintura é inspirada no ar livre, nas festas religiosas e folclóricas, sem coisas tristes.

Estrebaria-Artes: Suas releituras dos grandes mestres são surpreendentes. Como é chegar tão perto do estilo desses grandes artistas e qual seria a proposta das releituras em suas obras?
Roger Silva: Como não tenho formação acadêmica, copiar grandes mestres sempre foi uma maneira de desenvolver minha pintura. Aprendi muito dessa forma e através de livros sempre aprimorando algumas técnicas. Mas não reproduzo tão fielmente suas obras, isso demandaria muito mais tempo e estudo e este nem é o objetivo de reproduzir algo 100% fiel. É mais como uma diversão. Um passeio no parque. Eu gosto também de misturar o clássico com o contemporâneo.

A Estrebaria-Artes: O que o motivou a desenhar cães?
Luiz Vilarinho: Sempre tive cachorro em casa e sempre gostei de cães. Acho que são animais belíssimos que despertam na gente um sentimento de amor pela natureza. Passei a desenhar esses animais com mais frequência quando resolvi presentear um amigo que tinha um Pug e percebi que esse sentimento que eu tinha também era compartilhado por outros.

A Estrebaria-Artes: Como professor de astronomia, vemos que o tema é recorrente em boa parte dos personagens. Na arte sempre revelamos as coisas das quais nos identificamos?
Murilo Alves Perin: Acredito que todo artista é uma pessoa que tem uma percepção sensível do mundo. Desde uma simples esquina a mais formidável situação encontrada sob um céu estrelado. Quando você tem alguma sacada, alguma ideia, quer transpor isso para sua arte e apresentar o que pensa e/ou sente para todos os outros. Sinceramente, creio que isto ocorre mesmo quando não é intencional da parte do artista.



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